O que temos feito com a nossa existência ?

Estamos falidos quando falamos em conceitos em geral, sejam eles políticos, econômicos, familiares, de relacionamentos, etc.
E o que temos feito da nossa existência ? Só uma passagem inútil, à qual buscamos somente satisfazer às nossas vontades e anseios e que não contribuem de forma alguma para a vida de ninguém.

sábado, 1 de outubro de 2011

Não acredito que seja nível de consciência a chave para o esclarecimento.
Seja nível de consideração.
Se um dia eu assumi a causa do vegetarianismo este dia foi hoje, não sou mais capaz de pensar que sejamos capazes de cultuar uma atividade que produza tanto caos, sofrimento e condicionamento.
Se nós ainda não assumimos nossa culpa em relação à exploração animal/humana é porque ainda não tomamos consideração disto.
Não é possível que ainda existam pessoas que digam que É NATURAL do ser humano comer um animal que foi condicionado a uma vida jogada a nada.
Que viveu nada, que pensou em nada.
Só se queremos restringir o conceito de homem com um ser naturalmente cruel , intransigente, assassino, explorador, entre outros.
Isto é voltar aos (já batidos) jus naturalistas da história, que com pouco esforço descontruimos.
Historicamente, o homem se apropriou das vidas animais para se alimentar.
Alguns pedindo licença à mãe natureza para retirar de dentro dela uma vida, em nome da sua própria, outros sem pedir licença nenhuma , mas sem também torturar. Assim, sem questionar nada, continuamos nossa cadeia alimentar, claro.
Hoje , eu acredito, não há mais razão nenhuma para darmos progresso a uma atividade exploradora e nojenta.
Que corrompe a vida de animais, que deveriam no mínimo ter construída em suas vidas a ideia de família.

Tinha um coração

Ele tinha um coração e que bombardeava sangue, que fluia por suas veias e chegava ao seu cérebro, e fazia dele um ser.
O sangue fazia parte de seu corpo e caminhava indo e vindo. Ele respirava também. O ar inflava seus pulmões e fazia também ele ter alívio.
Mas eu acho que por muitos tempos ele não sentia alivio.
Entendi que poderia amá-lo. Isto porque ele existia e tinha olhos brilhantes de ser.
O brilho de vida. Ele tinha olhos caridosos.
Imagino que ele só quisesse um dia ter tido uma mãe, mamado em suas tetas, queria só ter podido ser amado.
Ouviu seus amigos também caminhando, ele nem sabia para onde estavam indo, ouvia gritos e sentia-se como sempre : nada.
Ele estava indo entorpecido, porque nunca havia experimentado viver, e não importava nada.
Toda a tua vida foi estado de pensamento morto, nada iria ser diferente se ele mesmo fosse morto agora.
No garfo enfiaram aquele ser dentro da boca, mastigaram, engoliram e com esforço, digeriram.

domingo, 11 de setembro de 2011

Seminário

SEMINÁRIO DO TEXTO AS ARMADILHAS DA TRANSPARÊNCIA : O SEGREDO, O OBSCENO.

DO LIVRO ARTE, DOR : INQUIETUDES ENTRE PSICANÁLISE E ESTÉTICA DE JOÃO FRAYZE

O texto começa abordando pinturas de Botticelli, A Primavera e Nascimento de Vênus.

Sobre A Primavera, ele diz que era destinado a imprimir uma cura do mal maior, a melancolia,
e cita uma historiadora inglesa : Frances Yates, que diz que o propósito do quadro era imprimir
no olho e no espírito os vínculos solares e joviais do mundo.

Sobre Nascimento de Vênus, é dito que o negativo não aparece, nem pode aparecer. Inspira
ordem e harmonia, conjunção bem modulada de todas as partes. Poderia ser a personificação
da categoria sensível da beleza.

Fica subentendido que nos dois, existem elementos implícitos, ou seja, segredos na
composição das pinturas.

Começa então uma discussão sobre a modernidade e a intitulação da sociedade
contemporânea como moderna, e mais, esta auto intitulação; isto acarreta em uma
possibilidade de perda do que é, sendo que hoje é moderno mas amanhã não o será.

“ Diferença, separação, heterogeneidade, pluralidade, novidade, evolução, desenvolvimento,
revolução, história – todos esses nomes condensam-se em um : futuro. Não o passado nem
a eternidade, não o tempo que é, mas o tempo que ainda não é, que sempre está a ponto de
ser. Ou seja, a época moderna condenou-se a ser sempre outra, a negar-se inteiramente a si
própria (passado/presente) para se perpetuar.” (pg 193).

Modernidade e segredo, identidade e segredo : que relação mais concreta pode haver entre
esses termos?

A partir do século XVIII, a história de repressões cada vez mais fortes é substituída pela
tendência de se falar do sexo como um correlato dos cuidados que o aparelho administrativo
tem para com o bem estar social, este tipo de discurso transforma o sexo numa pulsão tão
forte que suscitou na criação de instituições de modalidade de controle coletivo e de exame de
consciência individual.

É neste momento que entramos no cerne da discussão do texto.

A sexualidade, como representação da essência do individuo cria um hábito pessoal de fazer
confissões.

O exame médico, e a personalização da confissão , no século XIX, Foucault designa como o
dispositivo da sexualidade e considera a confissão, particularmente a da sexualidade, um dos
componentes essenciais das tecnologias desenvolvidas para controlar e disciplinar os corpos,
as populações e a própria sociedade.

“.. Confessa-se; ou se é forçado a confessar. Quando a confissão não é espontânea, ou imposta
por algum imperativo interior, ela é extorquida; desencavam-na na alma ou arrancam-na ao

corpo. [...] O homem, no Ocidente, tornou-se um animal de confissão.”

E essas técnicas de confissão perdem sua localização puramente religiosa para se expandir a
esse aparelho de disciplina social.

A disciplina, é por assim dizer, uma fábrica de indivíduos, não pela repressão, mas pelo
adestramento.

Foucault diz que “ Tem-se portanto em oposição ao grande saber de inquérito, no meio da
Idade Média, que consistia em obter os instrumentos de reatualização de fatos através do
testemunho, um novo saber de vigilância, de exame, organizado em torno da norma pelo
controle dos indivíduos ao longo de sua existência. Esta é a base do poder, a forma de saber-
poder que vai dar lugar ao que chamamos de ciências humanas. “ (pg 70 do livro Vigiar e punir)

O s anormais , no século XVIII eram ordenados a partir de três figuras : 1) o monstro humano,
a perturbação que acarreta às regularidades jurídicas : o canibal, o parricida, os hermafroditas,
a exceção à forma da espécie 2) o individuo incorrigível, aquele que não se adéqua a nenhum
adestramento : imbecis, retardados, nervosos, desequilibrados. 3) o onanista, a criança, objeto
de cuidados específicos para com a sua própria sexualidade perversa.

É esta sociedade específica, moderna , que a partir da segunda metade do século XVIII que
Foucault designa “sociedade disciplinar”, isto é, “sociedade de vigilância”, que se ocupa de
adestrar e formar pensamentos, construindo hábitos e os próprios pensamentos. Uma espécie
de padronização. - > Globalização.

Um projeto de arquitetura elaborado pelo jurista inglês Jeremy Bentham – O Panóptico ( uma
forma de arquitetura que permite um tipo de poder do espírito sobre o espírito) - que dá a
Foucault a base para pensar o “poder disciplinar”.

Ele foi plenamente realizado sob várias formas institucionais (já no século XIX) na forma fabril,
pedagógicas, correcionais e terapêuticas. E claro que este sistema disciplinar se apóia sobre
uma economia da visibilidade.

Esta edificação do Panóptico, tem sua importância em substituir o “rei”. Como se a arquitetura
não fosse mais um símbolo do poder mas sim o lugar do poder.

“o dispositivo graças ao qual, na ausência de um soberano, correlato da individualização dos
sujeitos, haverá a possibilidade de uma objetividade do julgamento de si sobre si, aquilo graças
ao qual esta objetividade, principuo de comunicação por um mecanismo de autorreferencia.”
(Edwald)

Haja ou não vigia real, há a perda progressiva da privacidade do cidadão.

Deleuze : “ O segredo só existe para ser traído, trair-se a si mesmo.”

Que implicações decorrem dessa condição para o próprio individuo, além do risco da
obscenidade ?

Do latim, obscenus , é um termo que designa um “signo do mau, um “mau augúrio”,

um “infeliz presságio”.

Nesse sentido, um segredo que se exprime para qualquer um leva a marca da obscenidade,
que viu-se pouco a pouco, deslocada – passando do sentido sexual, para o uso ou manipulação
de certas técnicas cuja função é registrar tudo, ver tudo, expor tudo – dentro de um projeto
maior de exibição total.

O que significa segredo ?

Latim, scerno = separar, pôr de lado, que atrai diversos significados ambivalentes,
correspondentes a um momento do desenvolvimento infantil em que o individuo se confronta
com sua identidade de sujeito, é basicamente um “saber-que-se-esconde-do-outro”.

O segredo confere a quem o detém um poder sobre o outro, por outro lado, é o meio desse
poder.

Em suma, o segredo possui uma significação nuclear no desenvolvimento do psiquismo,
posição admitida por Freud, repensada e ampliada por inúmeros psicanalistas atuais. Para
Gerald Margolis, a identidade supõe o “sentimento de ser a parte, de ser diferente dos
outros.”

“é somente quando a criança começa a dar-se conta de que existem coisas sobre si mesma
que ela sabe e outros não que pode se sentir separada e independente e ser um individuo,
pelo menos nestes domínios secretos. Nesses domínios, ela é um ser à parte e independente
daqueles que não estão à par de seus segredos.”

Sendo o segredo psiquicamente vital ao sujeito, ele o é porque é a condição mesma de
possibilidade do pensamento se exercer ( Piera Aulagnier) “prazer de pensar “ e “liberdade de
pensar” acabam por ser sinônimos.” Para ele ainda, é necessário que o enunciado do Outro
possa ser posto em duvida para que o Eu conquiste sua autonomia. E “o primeiro testemunho
desta autonomia será a possibilidade de pensar secretamente”.

O que nos leva a pensar que , a partir do momento que se questiona o que o outro diz, é que
se tem construída a sua própria linha de pensamento ou de idéias.

Jurandir Freire Costa diz que se o individuo moderno é alguém cuja identidade é qualificada
pelo narcisismo, é porque se trata de um “individuo violentado antes de ser narcisista. É a
violência cotidiana a que está submetido o individuo que explica seu narcisismo e qualquer
aparência patológica que ele pode vir assumir.”

Assim, na sociedade moderna, uma sociedade atravessada por dispositivos que visam
perversamente a tornar transparentes todos os recantos da vida social, todo esforço individual
de preservação daquele direito pode significar um ato micropolitico, louco, dirão alguns, de
resistência não programada à ordem disciplinar.

CONCLUSÃO.

Esta sociedade moderna que busca a transparência dos indivíduos que a compõe, atropela
a individualidade de cada um e atrapalha o desenvolvimento do pensamento próprio, o
desenvolvimento do que lhe pertence.

Dentro da alteridade podemos refletir que há o interesse do outro para saber do ‘um’, e é
por isto que a confissão sempre terá um ouvinte. Existem os meios do controle (diretores
de presídio, pedagogos, entre outros), que são designados para exercer este papel de
padronização de pensamento e delimitação do que é ser.

O que o segredo traz é o poder de possuir o saber de algo que o outro não sabe, e isto é o que
faz criar autonomia de questionamento e criação de pensamento próprio.

A arte e a psicanálise podem ser relacionadas com os atos de resistência a esta padronização.

Ser o que mais há de você em si mesmo é importante, e questionar a transparência , o
que é ver. Ter segredos, que são basicamente manifestações internas que geralmente são
decorrentes de influencias externas e não merecem ser partilhadas; ser mais obsceno ou não
ser obsceno mas ser expositor, é o que constrói , não a essência, mas a composição mental,
psicológica e estrutural do ser.

A transparência

Estamos todos muito envolvidos com as novidades da internet e todas as suas atrações/mobilidades.
Compartilhar momentos, pensamentos, sentimentos, causas, projetos etc.
Não nos damos conta de que esse compartilhamento nos traz prejuizos de personalidade muito graves, e mais : Privacidade.
Governos e empresas utilizam nossas informações para modelar comportamentos e impulsionar o consumo.
Fiz um seminário sobre este tema, na graduação, e gostaria de compartilhar.
O texto se chamava As armadilhas da Transparência : O segredo, o obsceno..
Do livro Arte , dor : Inquietudes entre Psicanálise e Estética.
no proximo post estará disponível o seminário...
Reservem suas informações e preservem suas vidas, suas cidades internas.

domingo, 10 de julho de 2011

de esperança

Hoje o dia foi esperança, o ar de felicidade , de ingenuidade.
Há tempos eu não pensava assim, e particularmente? Eu estava sentindo falta disto.
O olhar de que eu posso mudar tudo! Que as coisas podem ser diferentes se a gente quiser. Sabe essa conversa?
Bom, foi então que no meio deste sentimento aí, que eu achei perdidas as Notas de Reconstrução de um Mundo Perdido, além de ver nos videos aqui esse video :
Apertem Play enquanto lêem as 'Notas sobre o local'. Espero que eu posso fazê-los sentir o que eu senti hoje.
O coração bater calmamente, e você acreditar também. Não temer.



NOTAS SOBRE O LOCAL.
Tudo o que para nós hoje compõe uma paisagem aceitável é o fruto de violências sanguinárias e de conflitos de uma rara brutalidade.
Pode-se assim resumir o que o governo democrático quer nos fazer esquecer. Esquecer que a periferia devorou o campo, que a fábrica devorou a periferia, que a metrópole tentacular, ensurdecedora e sem descanso devorou tudo.
Constatar isso não significa lamentar. Constatar significa: apreender as possibilidades. No passado, no presente.
O território quadriculado no qual corre nosso cotidiano, entre o supermercado e os códigos digitais das portas de entrada, entre as luzes da sinalização e as passagens de pedestres, constitui-nos. Nós somos, desse modo, habitados pelo espaço pelo qual vivemos. E mais do que tudo ou quase tudo, agora ele funciona como mensagem subliminar. Nós não fazemos certas coisas em certos lugares porque isso não se faz.
(Não lembro o nome do autor xD, mas sei que foi editado por Flávia Cera, e o material completo está disponível no blog Cultura e Barbárie)


E isto eu coloquei, porque eu queria continuar o texto.
Esta coisa de sermos habitados pelo espaço no qual vivemos é absolutamente verdade, mas só nossos hábitos mudam o espaço.
Só nossas verdades, nossas construções. O que construímos para amanhã.
O que nos mandaram, sem querer ser injusta e não sendo, foi um monte de pessoas inseguras e uma estrutura mal feita.
Uma sociedade toda cheia de incertezas, que convenhamos, nós fingimos ter nos adaptado. Vivemos com "Precisa fazer isto porque é necessário", tampando a nossa maldade ou falta de consequência.
Mas eu vejo, nas pessoas que eu tenho conhecido, eu vejo a mudança.
A Marina com seu novo discurso, a Dilma fazendo o que pode ali e aqui.
Vejo na Universidade, pessoas preocupadas com o destino das coisas. Pessoas lindas cheias de vida e de amor. As flores que eu recebi na marcha da liberdade só me trouxeram mais pessoas para esta lista.
Tantas imagens dizendo: Mais amor por favor.
Pedindo cuidado.
Cuidado. É tudo o que todos nós precisamos.
Somos fragilizados pela correria dos séculos, pela velocidade do progresso, que nos atropelou. Mas agora com mais calma, mesmo em meio a todo este avanço  tecnológico , podemos respirar fundo mais vezes e refletir sobre as próximas gerações de pequenos, gerações Y, X, Z. 
Podemos olhar mais para os lados e aproveitar mais a paisagem e ver se gostamos dela. Mudar os quadros de vez em quando, e dar passos de alegria pra frente. Pra um progresso diferente.
Não econômico, não político, não ideal. Progresso humano.
Viverei cada instante que eu puder buscando as coisas que eu acho certas. E isto aí parece mesmo ingênuo e jovem, mas é para ser.
Porque é assim que eu sinto que as coisas precisam cursar o caminho. E é este o que eu escolhi.
Amor nos corações. 
Namastê.

domingo, 5 de junho de 2011

Diferença é diferente de desigualdade.

É complicado compreender a forma como as pessoas desenvolvem seus valores e seus padrões, seus eixos. Mas dificil mesmo é entender como elas são capazes de se introduzirem em uma verdade ou em outra, ultrapassando qualquer análise, sem questionar o que realmente buscam ou o que realmente estão pensando sobre as atrocidades do dia-dia e da vida.
E é doloroso ver alguém se colocar em um ponto e se julgar um padrão o qual deve ser seguido, ou mais, até mesmo não se aceitar porém não ser capaz de aceitar os outros.

As diferenças existem porque se não fossem elas, nada existiria.
Não existiria belo se não houvesse o feio, e não haveria felicidade se não existisse tristeza.
São 'maus' necessários. Que aliás não são maus.
Cada penalidade, cada dor, cada momento de má ventura é um aprendizado.
E as diferenças são assim. Você aprende muito muito muito com o que é diverso de você.
Porque se você exclui tudo o que não faz parte do seu ângulo de vida, então você exclui a possibilidade de compreender este ângulo, você passa a não saber o que é, absolutamente.

E também, é tão bonito ver pessoas com crenças diferentes, com roupas, com pensamentos que te mostram todos os dias que mesmo quem você é, é estranho para você. E também quem você acredita ser a pior pessoa do mundo é na verdade muito mais do que necessária para que exista uma harmonia na sociedade.
De ponta a ponta, existem pessoas de todos os tipos. Dentre extremos, e é assim que se articulam e que carregam a história.
Não seria possível haver justiça em um mundo só de pessoas generosas, assim como seria impossível também em um mundo só de pessoas mesquinhas.
E é aceitando, e mais, compreendendo as pessoas que vamos construindo esta harmonia.
A visão de alguém extremista, pode te ajudar a formular uma solução que você, sendo medianamente sensato não alcançaria sem esse alguém. Pois só tudo o que a pessoa viveu pode construir o que ela é e o que pensa.
E isto ninguém pode ter ou roubar de outro alguém.
E é por isto que é tão encantador viver as diferenças! Aceitá-las.

" Nunca espere de alguém o que esse alguém não pode lhe dar." - O Pequeno Príncipe.
E assim nunca irás ter decepções. Assim sempre e qualquer simples coisa irá te dar felicidade.
E aprenderás a buscar felicidade em pequenas coisas, que são as que preenchem a vida e que são quase que diariamente ignoradas.



O que há de tão diferente entre nós ? O pensamento das pessoas é muito parecido, e se os sonhos são os mesmos, as oportunidades também deveriam ser. No fundo, somos todos iguais, no fim sobram apenas as pequenas diferenças. Ser diferente é normal.

E eu completo. Não somos todos iguais, e não precisamos acreditar nisto! Somos diferentes e isto não importa. Só precisamos entender o que são as diferenças e ver que assimilá-las é uma forma de aceitá-las.
Porque todos estamos na vida para construir o mundo e caminhar a vida! Não há porque desrespeitarmos os outros nesse direito!
Mais amor por favor!

sábado, 21 de maio de 2011

Olá, você está na Rede Bobo de televisão

Em um programa chamado Bem Estar, a rede Bobo demonstrou claramente o seu absurdo hábito de manipular a opinião dos seus telespectadores a favor de seus unicos interesses (burgueses).
Em uma edição do programa já citado, no mês de Abril, sobre vegetarianismo os borra botas convidaram uma nutricionista insana para falar sobre a dieta vegetariana. Não obstante e insatisfeitos em utilizar uma representação científica, eles apelaram convidando uma 'vegetariana' SEM UNHAS e SEM CABELOS para dizer que estava naquelas condições por conta da dieta.
Primeiro: Eu não sei o que ela comia, mas ela não se alimentava corretamente.
Segundo: Não sei qual nutricionista ela procurou, mas deve ter sido um açougueiro.
Terceiro: É cogitável a hipótese de que ela tenha recebido um cachê para se prestar a tal papel.
Pelo bom senso da razão humana eu apelo: Não acreditem por favor nisto. Se forem deixar de seguir a dieta vegetariana, que tenham seus motivos mas que não seja porque vão ficar carecas e sem unha.
Eu conheço um monte de vegetarianos cabeludos, gordinhos, com todas as unhas e que são bem felizes, obrigada.
Todo vegetariano deve ser consciente da reposição de nutrientes que necessita fazer. Eu poderia discorrer um texto gigante sobre este tema, porém a questão aqui é outra. O que está valendo agora é dar voz contra o regime fascista que a Globo propõe ao mundo. Todos sabemos que eles são completamente parciais e que sempre que puderem vão continuar massificando opiniões e destruindo conceitos.
Atentem-se.

Trafico

Nesta última quinta, em uma discussão no CA lá na UNIFESP (onde tudo pode acontecer) sobre a legalização da Maconha, chegamos ao ponto que para mim é determinante: O Tráfico.
Com a legalização, é óbvio e todos sabemos, o tráfico não terá fim e mais, se tornará mais agressivo. Não é só por não financiá-lo que poderíamos ficar em paz e dizer que não contribuimos para sua existência. Quando você vê um problema, não é estando fora dele que você o soluciona, além do que , não se trataria de uma manifestação passiva. Com a legalização da Maconha o trafico teria de investir em drogas mais fortes para atrair 'clientes', e isto é perigoso.
O tráfico arrasta um numero muito grande de crianças de idades muito pequenas e lhes arranca a possibilidade de se tornarem diferente de uma forma tão cruel e desumana! É incrível pensar e tomar consciência disto e da amplitude que possui, e perceber o quanto influencia em diversos setores sociais do país. A cultura que todo este 'sistema' carrega é determinante para o caminhar de preconceitos, medidas governamentais e adaptações sociais absurdas que não cabem mais em nosso olhar superficial.
Eles matam, estupram e oprimem as pessoas com o uso da força. Uma força paralela à força do Estado e que nem o mesmo é capaz de lidar. São uma ditadura enraizada que se aproveitam da fraqueza e vício de uns para fazerem dinheiro e isto é imperdoável.
É necessário que mudemos a visão do que é favela e que ela não representa necessariamente tráfico, farei um link em outra postagem sobre favela e a cultura que criou-se a partir dela e tudo o que ela é para a cultura do Brasil e sua legitimidade. Porque o traficante está na favela por ser um nicho para ele e ser favorável, e lá ele pode articular suas redes, seus tramas e sua crueldade/desumanidade. Tudo o que ele representa é o mau e não pode ser diferente. O traficante, não o ser.
Não estou querendo também , tornar este texto um texto de direita borra botas, eu tenho plena consciência de que o traficante está ali porque as condições o levaram a isto, e mais uma vez o governo precisa intervir, e não com o uso da força, mas sim com o uso dos recursos que ele possui : Educação, Saúde entre outros, para solucionar isto. Não é mandando um bando de fascistas pro morro matando todo mundo e fazendo carnificina que as coisas vão ficar bem. O jovem que ver o pai morrendo na mão da polícia, vai querer seguir qualquer coisa que não seja o bem, e odiar a polícia.
Espero ainda que possamos livrar estas crianças da vida de proteger esse lobos. Crianças de 11 anos que te abordam na porta do morro perguntando qual corre você vai fazer. Sendo que ELA que deveria correr atrás da pipa (colorida), da bola (de jogar), do menino (para brincar), do livro (para estudar), da vida (para viver).

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bom, hoje foi um dia de muitas postagens. Eu estava com muitas anotações no meu caderninho e hoje 'tive tempo' de postar.
Estou tendo que ir correndo pra São Paulo e chegar atrasada pra aula.
Mas eu quis postar, porque eu acho que quem quer que tenha o hábito de ler este blog deveria estar sentindo falta de algo.
Abraços. Tenham uma boa semana.
E lembrem-se : Quando se chega ao fim, você percebe que o caminho nunca existiu, mas mesmo assim foi importante percorrê-lo.
Hoje é o ultimo dia de nossas vidas. Apreciem o momento e não desperdicem a vida!
e eu só não queria ter a sensação de impotencialidade, o homem traduz mal o que é viver. Essa crise de identidade e autenticidade nos deixa claro isto.
Os tempos estão dificeis e não é só pra economia. Precisamos entender que antes de mudar sistemas econômicos precisamos mudar sistemas culturais. Não se conseguirá fazer que um estadunidense seja menos consumista se em cada passo que ele der ele for estimulado a consumir .
É como querer mexer com o topo sem firmar a base. O pior é que toda a história tem este tipo de estrutura, e é por isto que ainda não firmamos uma historia decente.
Alguém já olhou para as luzes do metrô? Que passam velozes em borrões que lembram lembranças.
Como a vida e os momentos passando. No metrô eu vejo quanta vida fica para trás a cada dia e não é possivel ver o que está por vir,só que a iluminação é trêmula agora e que muitas coisas te trazem solidão: o que sempre significa estar consigo mesmo. E isso não é ruim.

"As pessoas se ignoram o tempo todo, como elas conseguem?".
E ai, quem me disse isto, também demonstrou ser alguém que ignora a si e aos outros.
Sem mais.

hey Aline

Hey, Aline.Don't you think we could live in a different world ? That clouds can be ours, that trees are trees and they're alive, that irracional animals and racional animals can live together, without a colonization of space? Couldn't we live in a world where we could go everywhere we want because it's all of everyone, and do anything we care and have idea to do, and it's not prohibited because anyone wants to do bad things to others. In a world that we see each other as equal, like brothers and that need to cooperate with everything. That Mom doesn't need to be angry and castigate us.
In a place where love is important and not evolution. We know this world would have existed a lot of centuries ago. With the idians. You'll may say that I'm a dreamer, but i'm not the only one. I hope someday you'll join us, and the world will be as one.
Oh, Aline. To live is too nice, but too hard.
I can't understand Human Being. I love them, but I hate some of their actions.
I won't leave the idea that we need to see in everyone a good side, and sometimes it's almost impossible. But I believe in humans, because they have a heart, each one. Just like me.
Compramos os ares
Vestimos colares
Amamos as cores
Engolimos sabores
Seguimos pessoas
Louvamos coroas

Mas não vejo prazer
(se queres saber)
Em não sentir os detalhes
e viver com milhares
de seres iguais
iguais e assim.

Tanto texto

Tem tanto tempo
Texto tanto
Tampo atento
Tiro contento
Tonto talento
Teto tirano
Topo terreno
Taco toscano.

domingo, 24 de abril de 2011

Roda Gigante

Este livro é lindo demais, e eu adoraria compartilhá-lo com vocês. Porque se trata de respeito.
É infantil e curtinho, mas vale a pena!!


História do livro Roda Gigante. Do projeto bem-me-quer. Para Crianças.
Muito, muito, muito, muito,
Muito, muito antigamente,
Quando ainda não havia nada
Em volta de coisa alguma no meio,
Nem mesmo terra, nem mesmo mar,
Nem mesmo gente, bicho, pensamento, palavra,
Livro, casa, muitas casas, número, rua, cidade ou país,
Quando o espaço era um grande vazio,
E o som era um grande silencio,
Algo deve ter acontecido para o Universo começar a existir.
Tem gente que acredita que foi assim : "Big-Bang!"
E dessa explosão nasceu a Terra,
E da Terra nasceu o homem.
Tem gente que acredita
que Deus existe,
e que foi ele que criou tudo.
Tem gente que não acredita em Deus.
Tem gente
que acredita não em um,
mas em muitos deuses.
Tem gente que nem pensa nisso,
Mas tem gente que pensa.
Cada um pensa de UM jeito.
E como ninguém pode provar
que está com a verdade
todo mundo pode
continuar pensando
como quiser pensar.
Tem gente
que tem religião
Tem gente
que não tem nenhuma.
Quem tem, acredita na sua
E chama o seu Deus
de um jeito diferente :
Osíris, Tupã, Alá, Brahma,
Buda, Oya Gami, Kami, Iahweh,
Jeová, Jesus Cristo, Nosso Senhor,
Xangô, Oxu, Oxalá.
Como é o nome de Deus,
e como é o Seu retrato,
Se Ele está dentro ou fora da gente,
Se é a força que criou o mundo,
Ou se é a natureza de tudo,
O Sol, a lua, as estrelas, o céu, o mar,
Cada coisa que existe,
Ou a soma delas todas,
Se Deus é unico, vários, ou nenhum,
Ninguém até hoje tem certeza.
É segredo, deconhecido, sagrado,
E como tudo que é sagrado, a gente tem que respeitar.
Por isso, enquanto o mundo roda,
Sem que ninguém saiba como
Devemos ter a liberdade
De acreditar no que acreditamos.
E respeitar a liberdade do outro
De acreditar no que acredita
Como tudo começou, lá antigamente,
E como tudo vai acabar, lá depois.
Porque só assim o amor pode crescer até virar GIGANTE
Para guardar todas as pessoas de todas as religiões dentro dele.

Se as crianças lessem isto, então as coisas ficariam melhores.

Etnocentrismo

Esta aí é a segunda resposta da mesma prova de Antropologia, porém esta questão se tratava do Etnocentrismo discorrido por Geertz e Clastres.

Ambos os autores têm posição aversa ao etnocentrismo; Clastres, ao dizer que o mesmo nos faz enxergar as diferenças como uma inferioridade segundo um 'eixo hierárquico', e Geertz ao dizer que ele te impede de enxergar o ângulo em que está no mundo em que vive ou de quem você é.
Podemos considerar Clastres um pouco mais radical, pois ele já atribui - com razão- ao etnocentrismo a justificativa para o etnocídio, que não é necessariamente decorrente do primeiro mas só existe se o mesmo existir -além de outros fatores, claro-, também diz que toda cultura é por natureza etnocentrica por se considerar, assim, verdadeira e excelente, mas não necessariamente etnocida, o que é importante ressaltar. Ele também diz que o Estado é etnocida pois se trata de uma força centrípeta que tende, quando necessário, a esmagar as forças centrífugas inversas, e que só reconhece cidadão iguais perante a lei, ainda aborda o fato de o Ocidente ter se tornado referência para o etnocentrismo exarcebado, ou seja, com práticas etnocidas, e justifica esta afirmação dizendo que a causa disto é o regime econômico sob o qual o Ocidente produz sua economia: o capitalismo, o qual nada é impossivel exceto não ser para si mesmo seu próprio fim. Já Geertz acredita que o etnocentrismo se trata de um escurecimento das assimetrias/diferenças, o que acaba te impedindo de descobrir quem é, pois as diferenças e as lacunas (que possuimos dentro de nós, para com o outro) é que nos dão noção de quem somos, que nos fazem fazer escolhar e de tornar sólido o que pensamos. Ele trata a questão do etnocentrismo como um isolamento do conhecimento e a impossibilidade da possibilidade de mudarmos de idéia, e o que responde a isto é a impossibilidade de as pessoas sequer imaginarem como seria ser quem olham com aversão. E coloca a etnogragia como inimiga - e eu vejo como solução- do etnocentrismo, pois ela se ocupa em nos por dentro do que é o outro, para , não aceitar, mas compreender que vivemos dentro de um mundo de diversidades e o mínimo que podemos fazer em relação a isto é respeitar. As diferenças culturais, humanas e pessoais.

E agora acrescento um velho texto meu : Diversidade e respeito são duas palavras que não existem separadas. Seus conceitos se permeiam e se complementam de uma maneira especial. O respeito à diversidade e a diversidade com respeito existem como caminhos que levam à paz. Que bom seria se todos fossem respeitados por suas diferenças, por suas opções, por suas maneiras de viver a vida !

Alteridade

Este é o texto que redigi como resposta à minha primeira prova de Antropologia, do Curso de Ciências Sociais, da Universidade Federal de São Paulo.
A pergunta falava sobre o 'estranhamento' das pessoas diante das diferenças, e a alteridade.

A alteridade consiste em tudo o que se relaciona com o outro, e para que isto aconteça é necessário que exista um EU. É pensando neste conceito que podemos compreender que a questão do estranhamento se deve à aproximação dos povos. Esta aproximação é resultado da curiosidade e interesse naturais do ser humano em relação ao que não conhece. Em geral esta curiosidade e interesse se sobrepõem a medos e receios (como em um texto de Davi Yanomani, ele relata a aproximação dos índios com os brancos devido ao seu interesse em suas ferramentas feitas com metal) e sem esta curiosidade e receio jamais teria-se formulado a idéia de alteridade.
Porém, curiosidade alguma irá lhe tirar o que é... porntanto , após um primeiro contato, eis que criamos  julgamentos de valor e é aí que o estranhamento se encontra : o seu ponto de vista e experiências em choque com o ponto de vista e experiências de outra pessoa. É quando, também, tomamos consciência de que existimos de uma forma diferente que o outro. E que existimos , portanto, de alguma forma.
Este estranhamento também só se dá porque partimos de um parâmetro (nós) para compararmos estas diferenças, e é quando alguns se pressupõem superiores aos outros. E só é possível que isto não mais ocorra quando partimos do ponto de vista do outro para nos avaliar, e perceber que também nos seríamos estranhos a nós mesmos, caso não nos fôssemos, como fez Miner ao descrever sobre os ritos corporais dos Nacirema, que se tratava de seu próprio povo. (Nacirema = American)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Conflito

Todos os dias estamos respirando ares corridos que nos trazem a impressão de que devemos acreditar que tempo perdido não vale a pena.
É como querer ser um helicóptero, ou suas hélices, mas ser um bumerangue que sempre volta para onde estava sem conseguir ir adiante. Fugindo de si ou das consequências que a consciência de ser quem é podem trazer.
É como ter medo de encarar todo o mundo e isto explodir de repente, e num rompante você poder ser outra pessoa em outro lugar, buscando ser aceita por outras pessoas.
A questão é que ninguém nunca vai te aceitar se você não é você, vão aceitar outra coisa.E o tempo, as horas, vão passar em vão.. por mais que você esteja ocupado em cada uma delas. Todo o caminho de nada terá valido por ficou enclausurado em uma casca, pensando nas horas que fizeram seu dia um bom dia, das coisas que te arremetem à sua pequena cidade (dentro de ti). De repente você vê dez anos atrás de si e percebe que perdeu o pontapé inicial da sua própria vida. E você corre e corre, atrás de algo pra cantar no chuveiro; algo para preencher seu corpo tão vazio.
A respiração não é só respiração.
Em casa, em casa de novo.
Você até gosta de estar lá, mas não consegue.
Seus ossos parecem estar em chamas e sua carne despedaçada. A agonia lhe toma conta e nem mesmo o grito sufocado te trará alivio. Olha para baixo e vê o quão fundo o chão está, com todas as verdades mutiladas e toda a sua existência.
Tudo o que já foi.
Tudo o que é.
Viram pedaços no espaço.
Pedaços de algo não remontável, de alguém que nunca será o que já foi ou é, novamente.
Dando voltas, inventando maneiras de não encarar o que realmente fez até hoje.Tudo o que fez de errado e o que te motivou. O que te fez acreditar que algo que era certo, além do medo de enfrentar a incerteza da veracidade do que acredita hoje.
Se algo pode ser tido como, no fim, certo ou errado, ou se alguma coisa é realmente a certeza.
Tomado então de transcedentalidade e de confusão mental, num conflito nervoso interno você ensaia você mesmo pro espelho e percebe que nada que deva ser bom verdadeiramente merece algum ensaio ou premeditações. Simplesmente é e acontece naturalmente.
A calma te invade. Com um sufocante êxtase de encontrar você e se aceitar. Eça vem com paz e beleza.
Ela é linda mesmo, assim como você e o seu deus que te preenche. Que faz de você uma vida.
Você sem ele, sem ela e sem ninguém.
Você é, para todas as direções que olhar, todas as pessoas que existem agora. E quantas delas vão enfrentar a escuridão de se encarar? Quantas serão lua e sol? Quantas se verão em você também ? Quantas correrão de tudo e serão então arremetidas à verdadeira razão de viver?
Algumas deixaram de existir antes, outras já existiam nesse mesmo antes e assim vai.
Um som também as levará a isto tudo e elas vão entender que fazem parte de um todo, que tudo existe e que somos pequenos diante disto, que estamos aqui para fazer o todo caminhar e existir e que vivemos igual a tudo o que vive, seja o que for.
E é por isto que amor é necessário.
O choro à gargante vem, jogaod numa grama macia. Entende que de nada vale se entristecer pela morte, que tudo nada é.
Que o caminho é importante mas no fim você vê que ele nunca existiu. Você acredita na vida e na sua não existência. E tudo o que sente.
Tudo o que odeia. Tudo o que ama.
Tudo o que te faz feliz. Tudo o que te faz infeliz.
Tudo o que é verdade. Tudo o que é mentira.
Tudo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

sampassauro , terra de gigantes

Lindona né ? É bom olhar assim. Superficialmente. Sonhar com o que ela pode te oferecer. Os empregos, as oportunidades, o acesso.Pois zé amigo. Sampassauro é terra de gigante. Se tu não engole ela, ela engole você. Ela te esconde se você quiser, e muitas pessoas passam a vida toda assim, escondidas. Nos escombros da grande cidade. Tão escondidas que os cidadãos podem fingir que elas não existem.Mas elas  estão nas estatísticas, no cotidiano mas não fazem parte do olhar e do cuidado. Esconde também tudo o que você vai ver nela. Pessoas que não se olham , que te atropelam. Que pensam sempre que tudo o que importa é pegar o metrô o mais rapido possivel, sem nem saber porquê, isto porque dali a 5 minutos passa outro. Pessoas que acham que 5 MINUTOS não valem a pena. Pessoas que tentam enganar outras pra ganhar grana todos os dias na praça da sé, milhões de espécies de seres humanos que tentam se extinguir todos os dias. Ferindo a lei natural da vida! O ser humano é o unico animal que caça animais da própria espécie. Os outros vivem em bando e se protegem.São Paulo te faz ser outra coisa que você não sabe o que é, e nem percebe virar. É como um andróide que precisa seguir as regras de horários, de sobrevivência, que extirpam de você qualquer indicio de humanidade ou de animalidade. Te tornam um animal da selva de pedra. Te tornam mais um pequeno gigante e que te obriga a seguir o fluxo, que se não passam por cima de ti. Não é falta de compaixão é medo de ficar pra trás. 

sábado, 2 de abril de 2011

Pra finalizar o fim de semana

Pra finalizar o fim de semana , vou trazer um pouco de alegria pra cá.
Eu sempre carrego o clima do blog, com as minhas lamúrias. Quero falar coisa boa hoje.
Pra que quem ler, dar um sorriso até o final do texto.

Quero que encontrem alegria nisto aqui :
Sorriso pequeno, riso sincero, sem convenção social. Sem comprometimento. Sem intenção. Sorriso de sorriso, de alegria, de prazer. Sorriso espontâneo.











Queria que fosse claramente exposto no quanto este tipo de coisa é importante. A simplicidade dos momentos, dos objetos, das coisas. O mundo que nos cerca, dispensa as nossas utilidades inventadas, ele já existia por si só, e não precisava de nós pra continuar existindo. Nem vai precisar. Por isto, deveriamos tentar manter o maior nivel de harmonia com ele possivel! As coisas simples não se repetem tantas vezes. As mais belas então! Elas só acontecem quando você está ocupado demais procurando coisas mais extraordinárias. E seria neste momento, que você deveria pensar que cada segundo de vida e cada respiração são raros.
Que o sorriso de uma criança não depende de alguém, mas depende do coração, e por isto é involuntário. Que não é dificil sorrir com a alma, e PARA a alma. As pessoas sentem quando você sorri pra elas, mesmo que você não possa mostrar.

Eu amo cada ser humano que existe na terra. Por SER humano. Eu não gosto das suas atitudes. Mas infelizmente, acredito no melhor de cada um.

Quanto trabalho.

Vocês tem noção de quanto trabalho vocês ,seres humanos, me dão ?
Eu penso em vocês o dia todo, e no quanto estão errados quando não são compassivos, fico triste quando vejo pessoas que sofrem, animais jogados. Eu fico brava quando penso na exploração seja ela de onde for.
Eu desejo morrer quando vejo pessoas enlouquecendo. Criando problemas que não existem.
Eu fico com vontade de mudar vocês o tempo todo! E para quê ?
No mundo da criatividade, tudo pode ser diferente. E se as coisas não fossem assim, eu iria querer que fossem melhores!
É o pequeno desejo do ser humano de sempre querer mais.

quarta-feira, 23 de março de 2011

enquanto ser.

estamos vivendo tão intensamente um mundo de inovações que não temos prestado atenção nas coisas que já existem e que são suficientes pra nos fazer feliz.
Nos atrapalhamos ao encarar nossas escolhas como algo tão importante, e paramos a vida escolhendo o tempo todo o que fazer que não pensamos que não importa escolher.

Também, é engraçado viver a vida toda se achando diferente e de repente encontrar alguém que é exatamente igual e que não vai corromper o que você é na essencia.

É interessante se introduzir em um meio em que tudo o que você já pensou se repete em textos pensador por outras pessoas há muitos anos atrás.

É complexo querer que as coisas sejam diferentes e que o mundo estivesse melhor, porém saber que nunca será.

Enquanto ser, somos intensamente diversos, mas sempre somos os mesmos em angústias e pavores.
O importante é sempre ter solido o que voce é, e nunca se esquecer disto..
existirão muitas pessoas que lhe dirão que nada do que diz é válido ou que tudo o que é , é bom.
Porque se tudo o que faz é feito com a força da mente e do coração, então é o que realmente satisfará o que quer que necessite satisfazer.

Estou feliz por ter conhecido uma pessoa muito boa, e se ela ler, ela saberá que estou falando dela.
E quero dizer que nada mudará, mesmo que nunca mais a veja o resto da vida, que ela sempre estará na minha mente.
Porque a luz sempre brilha , mesmo no escuro do tempo.
Apesar do tempo sempre curar feridas que parecem arder dentro do nosso mar.
o MAR que carregamos dentro de nós.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

poema, pra romantizar

O corpo como um barco pesado e meio a árvores gigantes
a brisa a te atingir
e te molhar
te encher de gotas do orvalho velho da noite que acabou
e que fez irradiar um novo sol
Que é o mesmo de ontem, mas que é sempre diferente.