O que temos feito com a nossa existência ?

Estamos falidos quando falamos em conceitos em geral, sejam eles políticos, econômicos, familiares, de relacionamentos, etc.
E o que temos feito da nossa existência ? Só uma passagem inútil, à qual buscamos somente satisfazer às nossas vontades e anseios e que não contribuem de forma alguma para a vida de ninguém.

domingo, 24 de abril de 2011

Etnocentrismo

Esta aí é a segunda resposta da mesma prova de Antropologia, porém esta questão se tratava do Etnocentrismo discorrido por Geertz e Clastres.

Ambos os autores têm posição aversa ao etnocentrismo; Clastres, ao dizer que o mesmo nos faz enxergar as diferenças como uma inferioridade segundo um 'eixo hierárquico', e Geertz ao dizer que ele te impede de enxergar o ângulo em que está no mundo em que vive ou de quem você é.
Podemos considerar Clastres um pouco mais radical, pois ele já atribui - com razão- ao etnocentrismo a justificativa para o etnocídio, que não é necessariamente decorrente do primeiro mas só existe se o mesmo existir -além de outros fatores, claro-, também diz que toda cultura é por natureza etnocentrica por se considerar, assim, verdadeira e excelente, mas não necessariamente etnocida, o que é importante ressaltar. Ele também diz que o Estado é etnocida pois se trata de uma força centrípeta que tende, quando necessário, a esmagar as forças centrífugas inversas, e que só reconhece cidadão iguais perante a lei, ainda aborda o fato de o Ocidente ter se tornado referência para o etnocentrismo exarcebado, ou seja, com práticas etnocidas, e justifica esta afirmação dizendo que a causa disto é o regime econômico sob o qual o Ocidente produz sua economia: o capitalismo, o qual nada é impossivel exceto não ser para si mesmo seu próprio fim. Já Geertz acredita que o etnocentrismo se trata de um escurecimento das assimetrias/diferenças, o que acaba te impedindo de descobrir quem é, pois as diferenças e as lacunas (que possuimos dentro de nós, para com o outro) é que nos dão noção de quem somos, que nos fazem fazer escolhar e de tornar sólido o que pensamos. Ele trata a questão do etnocentrismo como um isolamento do conhecimento e a impossibilidade da possibilidade de mudarmos de idéia, e o que responde a isto é a impossibilidade de as pessoas sequer imaginarem como seria ser quem olham com aversão. E coloca a etnogragia como inimiga - e eu vejo como solução- do etnocentrismo, pois ela se ocupa em nos por dentro do que é o outro, para , não aceitar, mas compreender que vivemos dentro de um mundo de diversidades e o mínimo que podemos fazer em relação a isto é respeitar. As diferenças culturais, humanas e pessoais.

E agora acrescento um velho texto meu : Diversidade e respeito são duas palavras que não existem separadas. Seus conceitos se permeiam e se complementam de uma maneira especial. O respeito à diversidade e a diversidade com respeito existem como caminhos que levam à paz. Que bom seria se todos fossem respeitados por suas diferenças, por suas opções, por suas maneiras de viver a vida !

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