O que temos feito com a nossa existência ?

Estamos falidos quando falamos em conceitos em geral, sejam eles políticos, econômicos, familiares, de relacionamentos, etc.
E o que temos feito da nossa existência ? Só uma passagem inútil, à qual buscamos somente satisfazer às nossas vontades e anseios e que não contribuem de forma alguma para a vida de ninguém.

domingo, 24 de abril de 2011

Roda Gigante

Este livro é lindo demais, e eu adoraria compartilhá-lo com vocês. Porque se trata de respeito.
É infantil e curtinho, mas vale a pena!!


História do livro Roda Gigante. Do projeto bem-me-quer. Para Crianças.
Muito, muito, muito, muito,
Muito, muito antigamente,
Quando ainda não havia nada
Em volta de coisa alguma no meio,
Nem mesmo terra, nem mesmo mar,
Nem mesmo gente, bicho, pensamento, palavra,
Livro, casa, muitas casas, número, rua, cidade ou país,
Quando o espaço era um grande vazio,
E o som era um grande silencio,
Algo deve ter acontecido para o Universo começar a existir.
Tem gente que acredita que foi assim : "Big-Bang!"
E dessa explosão nasceu a Terra,
E da Terra nasceu o homem.
Tem gente que acredita
que Deus existe,
e que foi ele que criou tudo.
Tem gente que não acredita em Deus.
Tem gente
que acredita não em um,
mas em muitos deuses.
Tem gente que nem pensa nisso,
Mas tem gente que pensa.
Cada um pensa de UM jeito.
E como ninguém pode provar
que está com a verdade
todo mundo pode
continuar pensando
como quiser pensar.
Tem gente
que tem religião
Tem gente
que não tem nenhuma.
Quem tem, acredita na sua
E chama o seu Deus
de um jeito diferente :
Osíris, Tupã, Alá, Brahma,
Buda, Oya Gami, Kami, Iahweh,
Jeová, Jesus Cristo, Nosso Senhor,
Xangô, Oxu, Oxalá.
Como é o nome de Deus,
e como é o Seu retrato,
Se Ele está dentro ou fora da gente,
Se é a força que criou o mundo,
Ou se é a natureza de tudo,
O Sol, a lua, as estrelas, o céu, o mar,
Cada coisa que existe,
Ou a soma delas todas,
Se Deus é unico, vários, ou nenhum,
Ninguém até hoje tem certeza.
É segredo, deconhecido, sagrado,
E como tudo que é sagrado, a gente tem que respeitar.
Por isso, enquanto o mundo roda,
Sem que ninguém saiba como
Devemos ter a liberdade
De acreditar no que acreditamos.
E respeitar a liberdade do outro
De acreditar no que acredita
Como tudo começou, lá antigamente,
E como tudo vai acabar, lá depois.
Porque só assim o amor pode crescer até virar GIGANTE
Para guardar todas as pessoas de todas as religiões dentro dele.

Se as crianças lessem isto, então as coisas ficariam melhores.

Etnocentrismo

Esta aí é a segunda resposta da mesma prova de Antropologia, porém esta questão se tratava do Etnocentrismo discorrido por Geertz e Clastres.

Ambos os autores têm posição aversa ao etnocentrismo; Clastres, ao dizer que o mesmo nos faz enxergar as diferenças como uma inferioridade segundo um 'eixo hierárquico', e Geertz ao dizer que ele te impede de enxergar o ângulo em que está no mundo em que vive ou de quem você é.
Podemos considerar Clastres um pouco mais radical, pois ele já atribui - com razão- ao etnocentrismo a justificativa para o etnocídio, que não é necessariamente decorrente do primeiro mas só existe se o mesmo existir -além de outros fatores, claro-, também diz que toda cultura é por natureza etnocentrica por se considerar, assim, verdadeira e excelente, mas não necessariamente etnocida, o que é importante ressaltar. Ele também diz que o Estado é etnocida pois se trata de uma força centrípeta que tende, quando necessário, a esmagar as forças centrífugas inversas, e que só reconhece cidadão iguais perante a lei, ainda aborda o fato de o Ocidente ter se tornado referência para o etnocentrismo exarcebado, ou seja, com práticas etnocidas, e justifica esta afirmação dizendo que a causa disto é o regime econômico sob o qual o Ocidente produz sua economia: o capitalismo, o qual nada é impossivel exceto não ser para si mesmo seu próprio fim. Já Geertz acredita que o etnocentrismo se trata de um escurecimento das assimetrias/diferenças, o que acaba te impedindo de descobrir quem é, pois as diferenças e as lacunas (que possuimos dentro de nós, para com o outro) é que nos dão noção de quem somos, que nos fazem fazer escolhar e de tornar sólido o que pensamos. Ele trata a questão do etnocentrismo como um isolamento do conhecimento e a impossibilidade da possibilidade de mudarmos de idéia, e o que responde a isto é a impossibilidade de as pessoas sequer imaginarem como seria ser quem olham com aversão. E coloca a etnogragia como inimiga - e eu vejo como solução- do etnocentrismo, pois ela se ocupa em nos por dentro do que é o outro, para , não aceitar, mas compreender que vivemos dentro de um mundo de diversidades e o mínimo que podemos fazer em relação a isto é respeitar. As diferenças culturais, humanas e pessoais.

E agora acrescento um velho texto meu : Diversidade e respeito são duas palavras que não existem separadas. Seus conceitos se permeiam e se complementam de uma maneira especial. O respeito à diversidade e a diversidade com respeito existem como caminhos que levam à paz. Que bom seria se todos fossem respeitados por suas diferenças, por suas opções, por suas maneiras de viver a vida !

Alteridade

Este é o texto que redigi como resposta à minha primeira prova de Antropologia, do Curso de Ciências Sociais, da Universidade Federal de São Paulo.
A pergunta falava sobre o 'estranhamento' das pessoas diante das diferenças, e a alteridade.

A alteridade consiste em tudo o que se relaciona com o outro, e para que isto aconteça é necessário que exista um EU. É pensando neste conceito que podemos compreender que a questão do estranhamento se deve à aproximação dos povos. Esta aproximação é resultado da curiosidade e interesse naturais do ser humano em relação ao que não conhece. Em geral esta curiosidade e interesse se sobrepõem a medos e receios (como em um texto de Davi Yanomani, ele relata a aproximação dos índios com os brancos devido ao seu interesse em suas ferramentas feitas com metal) e sem esta curiosidade e receio jamais teria-se formulado a idéia de alteridade.
Porém, curiosidade alguma irá lhe tirar o que é... porntanto , após um primeiro contato, eis que criamos  julgamentos de valor e é aí que o estranhamento se encontra : o seu ponto de vista e experiências em choque com o ponto de vista e experiências de outra pessoa. É quando, também, tomamos consciência de que existimos de uma forma diferente que o outro. E que existimos , portanto, de alguma forma.
Este estranhamento também só se dá porque partimos de um parâmetro (nós) para compararmos estas diferenças, e é quando alguns se pressupõem superiores aos outros. E só é possível que isto não mais ocorra quando partimos do ponto de vista do outro para nos avaliar, e perceber que também nos seríamos estranhos a nós mesmos, caso não nos fôssemos, como fez Miner ao descrever sobre os ritos corporais dos Nacirema, que se tratava de seu próprio povo. (Nacirema = American)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Conflito

Todos os dias estamos respirando ares corridos que nos trazem a impressão de que devemos acreditar que tempo perdido não vale a pena.
É como querer ser um helicóptero, ou suas hélices, mas ser um bumerangue que sempre volta para onde estava sem conseguir ir adiante. Fugindo de si ou das consequências que a consciência de ser quem é podem trazer.
É como ter medo de encarar todo o mundo e isto explodir de repente, e num rompante você poder ser outra pessoa em outro lugar, buscando ser aceita por outras pessoas.
A questão é que ninguém nunca vai te aceitar se você não é você, vão aceitar outra coisa.E o tempo, as horas, vão passar em vão.. por mais que você esteja ocupado em cada uma delas. Todo o caminho de nada terá valido por ficou enclausurado em uma casca, pensando nas horas que fizeram seu dia um bom dia, das coisas que te arremetem à sua pequena cidade (dentro de ti). De repente você vê dez anos atrás de si e percebe que perdeu o pontapé inicial da sua própria vida. E você corre e corre, atrás de algo pra cantar no chuveiro; algo para preencher seu corpo tão vazio.
A respiração não é só respiração.
Em casa, em casa de novo.
Você até gosta de estar lá, mas não consegue.
Seus ossos parecem estar em chamas e sua carne despedaçada. A agonia lhe toma conta e nem mesmo o grito sufocado te trará alivio. Olha para baixo e vê o quão fundo o chão está, com todas as verdades mutiladas e toda a sua existência.
Tudo o que já foi.
Tudo o que é.
Viram pedaços no espaço.
Pedaços de algo não remontável, de alguém que nunca será o que já foi ou é, novamente.
Dando voltas, inventando maneiras de não encarar o que realmente fez até hoje.Tudo o que fez de errado e o que te motivou. O que te fez acreditar que algo que era certo, além do medo de enfrentar a incerteza da veracidade do que acredita hoje.
Se algo pode ser tido como, no fim, certo ou errado, ou se alguma coisa é realmente a certeza.
Tomado então de transcedentalidade e de confusão mental, num conflito nervoso interno você ensaia você mesmo pro espelho e percebe que nada que deva ser bom verdadeiramente merece algum ensaio ou premeditações. Simplesmente é e acontece naturalmente.
A calma te invade. Com um sufocante êxtase de encontrar você e se aceitar. Eça vem com paz e beleza.
Ela é linda mesmo, assim como você e o seu deus que te preenche. Que faz de você uma vida.
Você sem ele, sem ela e sem ninguém.
Você é, para todas as direções que olhar, todas as pessoas que existem agora. E quantas delas vão enfrentar a escuridão de se encarar? Quantas serão lua e sol? Quantas se verão em você também ? Quantas correrão de tudo e serão então arremetidas à verdadeira razão de viver?
Algumas deixaram de existir antes, outras já existiam nesse mesmo antes e assim vai.
Um som também as levará a isto tudo e elas vão entender que fazem parte de um todo, que tudo existe e que somos pequenos diante disto, que estamos aqui para fazer o todo caminhar e existir e que vivemos igual a tudo o que vive, seja o que for.
E é por isto que amor é necessário.
O choro à gargante vem, jogaod numa grama macia. Entende que de nada vale se entristecer pela morte, que tudo nada é.
Que o caminho é importante mas no fim você vê que ele nunca existiu. Você acredita na vida e na sua não existência. E tudo o que sente.
Tudo o que odeia. Tudo o que ama.
Tudo o que te faz feliz. Tudo o que te faz infeliz.
Tudo o que é verdade. Tudo o que é mentira.
Tudo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

sampassauro , terra de gigantes

Lindona né ? É bom olhar assim. Superficialmente. Sonhar com o que ela pode te oferecer. Os empregos, as oportunidades, o acesso.Pois zé amigo. Sampassauro é terra de gigante. Se tu não engole ela, ela engole você. Ela te esconde se você quiser, e muitas pessoas passam a vida toda assim, escondidas. Nos escombros da grande cidade. Tão escondidas que os cidadãos podem fingir que elas não existem.Mas elas  estão nas estatísticas, no cotidiano mas não fazem parte do olhar e do cuidado. Esconde também tudo o que você vai ver nela. Pessoas que não se olham , que te atropelam. Que pensam sempre que tudo o que importa é pegar o metrô o mais rapido possivel, sem nem saber porquê, isto porque dali a 5 minutos passa outro. Pessoas que acham que 5 MINUTOS não valem a pena. Pessoas que tentam enganar outras pra ganhar grana todos os dias na praça da sé, milhões de espécies de seres humanos que tentam se extinguir todos os dias. Ferindo a lei natural da vida! O ser humano é o unico animal que caça animais da própria espécie. Os outros vivem em bando e se protegem.São Paulo te faz ser outra coisa que você não sabe o que é, e nem percebe virar. É como um andróide que precisa seguir as regras de horários, de sobrevivência, que extirpam de você qualquer indicio de humanidade ou de animalidade. Te tornam um animal da selva de pedra. Te tornam mais um pequeno gigante e que te obriga a seguir o fluxo, que se não passam por cima de ti. Não é falta de compaixão é medo de ficar pra trás. 

sábado, 2 de abril de 2011

Pra finalizar o fim de semana

Pra finalizar o fim de semana , vou trazer um pouco de alegria pra cá.
Eu sempre carrego o clima do blog, com as minhas lamúrias. Quero falar coisa boa hoje.
Pra que quem ler, dar um sorriso até o final do texto.

Quero que encontrem alegria nisto aqui :
Sorriso pequeno, riso sincero, sem convenção social. Sem comprometimento. Sem intenção. Sorriso de sorriso, de alegria, de prazer. Sorriso espontâneo.











Queria que fosse claramente exposto no quanto este tipo de coisa é importante. A simplicidade dos momentos, dos objetos, das coisas. O mundo que nos cerca, dispensa as nossas utilidades inventadas, ele já existia por si só, e não precisava de nós pra continuar existindo. Nem vai precisar. Por isto, deveriamos tentar manter o maior nivel de harmonia com ele possivel! As coisas simples não se repetem tantas vezes. As mais belas então! Elas só acontecem quando você está ocupado demais procurando coisas mais extraordinárias. E seria neste momento, que você deveria pensar que cada segundo de vida e cada respiração são raros.
Que o sorriso de uma criança não depende de alguém, mas depende do coração, e por isto é involuntário. Que não é dificil sorrir com a alma, e PARA a alma. As pessoas sentem quando você sorri pra elas, mesmo que você não possa mostrar.

Eu amo cada ser humano que existe na terra. Por SER humano. Eu não gosto das suas atitudes. Mas infelizmente, acredito no melhor de cada um.

Quanto trabalho.

Vocês tem noção de quanto trabalho vocês ,seres humanos, me dão ?
Eu penso em vocês o dia todo, e no quanto estão errados quando não são compassivos, fico triste quando vejo pessoas que sofrem, animais jogados. Eu fico brava quando penso na exploração seja ela de onde for.
Eu desejo morrer quando vejo pessoas enlouquecendo. Criando problemas que não existem.
Eu fico com vontade de mudar vocês o tempo todo! E para quê ?
No mundo da criatividade, tudo pode ser diferente. E se as coisas não fossem assim, eu iria querer que fossem melhores!
É o pequeno desejo do ser humano de sempre querer mais.