O que temos feito com a nossa existência ?

Estamos falidos quando falamos em conceitos em geral, sejam eles políticos, econômicos, familiares, de relacionamentos, etc.
E o que temos feito da nossa existência ? Só uma passagem inútil, à qual buscamos somente satisfazer às nossas vontades e anseios e que não contribuem de forma alguma para a vida de ninguém.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O feminismo

Bom, o tema de hoje será a mulher.
Eu redigi recentemente uma redação sobre Igualdade de Gênero. E tive vários problemas com o concurso o qual participei com esta redação... Mas isto por enquanto não vem ao caso.
Espero que leiam toda a redação, pois ela é um resumo do que foi o movimento feminista e o que ele representa, o que a mulher se tornou ao longo dos tempos e etc.
Divirtam-se.
COMENTEM ! PARTICIPEM, isso é muito bom para vocês ! 
Obrigada :}
Não é somente uma questão de gênero.

Os movimentos feministas iniciaram por volta do século XIX e até hoje existem grupos com o intuito de defender esses ideais. Esse movimento, segundo Rebeca Walker, tem três períodos, o inicial, que é do final do século XIX ao século XX; uma segunda fase que vem nos anos 60 e 70, e a terceira fase que é dos anos 90 até a atualidade.                 No inicio, o movimento se caracterizava mais por combater as injustiças do que por ser a favor dos direitos da mulher. Entre as reivindicações havia a oposição ao casamento arranjado, o fim do contrato matrimonial em que o homem comprava a sua esposa, de forma que ela ficava obrigada a cumprir todas suas ordens, e o combate à agressão domiciliar. Reformas que, por se tratar de uma época em que havia muitas mudanças tecnológicas e ideológicas, precisavam ser urgentemente implantadas para que a sociedade seguisse o pensamento desta época.
A segunda fase, correspondente aos anos 60 e 70, marca a entrada da mulher no mercado de trabalho e de seu papel mais ativo na sociedade, o que coincide com o surgimento do movimento punk que defende a autonomia feminina e sua independência em relação ao sexo masculino, ao qual a mulher passa a se impor. O que até então era teoria, começa a tomar forma a partir da reivindicação de direitos como os da igualdade entre homens e mulheres, direito ao voto e direito à expressão pessoal.
A terceira fase representa aquela na qual a mulher assume um enorme fardo: à conquista de seu espaço no mercado de trabalho, à boa reputação que merecidamente conquistou neste mercado e ao fato de que foi capaz de mostrar não ser menos capaz que o homem, somaram-se aquelas tarefas que já há muito realizava: lavar e passar roupa, cozinhar, arrumar a casa,  além de cuidar dos filhos e do próprio marido. Tais tarefas não foram compartilhadas com seus respectivos companheiros, foram simplesmente agregadas à sua vida.
A grande crítica ao feminismo, segundo Domenico De Masi em seu livro “Ócio Criativo”, é a de que as mulheres deveriam ter tentado trazer o homem também para o que até então tinha sido seu mundo (o do lar) e não apenas introduzir-se agressivamente no mundo masculino. Apesar de ser inegável a contribuição tanto social quanto cultural do movimento feminino à sociedade, essa característica debatida por De Masi mostrou-se, com o tempo, ter conseqüências nem tão desejáveis sobre a forma como o ser humano vive em comunidade.
Justamente porque a direção tomada foi uma só, ou seja, elevar a mulher às mesmas condições daquelas masculinas, ao final não houve igualdade alguma. Como todo movimento, doutrina ou afins, o feminismo depende de uma prática que, por sua vez, precisa de todo um grupo obstinado a realizá-la, o que nossa sociedade torna quase impossível, visto que desde que nascemos sofremos a influência de suas instituições e vivemos sob o jugo de suas determinações e dogmas. Desta forma, somos induzidos a ser o que ela nos impõe que sejamos conforme essas imposições.
Por exemplo, mesmo nos dias de hoje, se a criança é um menino, suas roupas serão azuis, ganhará bola, será incentivado a praticar futebol ou judô e saberá que meninos são diferentes das meninas. As meninas por sua vez têm roupas cor-de-rosa, ganham bonecas e laços, são incentivadas a fazer balé ou música e saberão que as meninas são diferentes dos meninos.
As crianças crescem, e essa idéia de que o homem é diferente da mulher cresce com elas. Até hoje, é o homem que carrega as coisas pesadas, que paga as contas e que representa um papel de proteção e amparo. A mulher que deseja e consente em tudo isto, não pode ter de fato o ímpeto de igualdade, enquanto somente ela recebe vantagens. O que aconteceu é que o homem mais uma vez só assumiu um papel de ser indispensável e superior e, a partir daí, tudo o que existe é só uma pseudo-independência. 
Essa questão de a sociedade determinar os gêneros e por isso existir e persistir a idéia de diferença entre os gêneros é um fator que agrava e desencadeia uma distância entre homens e mulheres. Tal moral, alimentada por preconceitos, permanece enraizada à cultura, pensamento, e direção que o ser humano toma. Somos ignorantes o bastante para aceitar que até hoje exista essa comparação de forças, essa competição.
Se o movimento feminista quer realmente contribuir para uma sociedade baseada na ética, deveria insistir na ideia da necessidade de se rever os papéis de cada gênero nesta sociedade.  Ao invés de existirem competições, homens e mulheres deveriam compartilhar informações, para que houvesse uma divisão justa desses papéis.
O ser humano limita-se cada vez mais a viver um pequeno mundo separatista, dividido em atribuições que existem somente dentro de seu cérebro e somente lá. É o condicionamento dos pensamentos, que corrobora os conceitos de homem e mulher e seus papéis sociais. Não são ideais feministas ou machistas, mas sim particulares, ou seja, que beneficiam simplesmente a esse ou aquele ser humano inerentemente a suas necessidades particulares.
Para que não houvesse mais discussões sobre quem é melhor ou pior, mais desenvolvido intelectualmente ou não, para que se abolissem as regras de quem faz o quê dever-se-ia introduzir um novo conceito no ocidente, como o da compaixão e da inclusão. Todo ser tem o direito à felicidade e a procura por diversos meios. É o que nos une, nos é comum: essa busca da felicidade. Isso deveria nortear toda e qualquer atitude, todo e qualquer movimento social uma vez que  não existe gênero melhor ou pior, o que existe são aptidões que um desenvolve mais facilmente e o outro não.
Assim como todo e qualquer outro movimento, desde aqueles políticos, ecológicos, até os sindicalistas etc., o movimento feminista pode entrar em uma nova fase se seguir a diretriz da compaixão e da inclusão, fazendo com que as pessoas passem a enxergar seus bigodes e suas saias como algo universal agindo sempre segundo os preceitos da ética para garantir que o lugar em que vivemos possa ser um lugar no qual cada um enxergue o outro como a si mesmo, e que faça disso uma ponte para o crescimento e desenvolvimento não somente pessoal, mas como de toda e qualquer espécie. 

5 comentários:

  1. Amei o texto. Bem claro, conteudista e objetivo! ViVa as Mulheres!!! Hahahahaha!! ^^ #brinks A grande verdade é que todos querem beneficios as ninguem quer ceder. Enquanto isso não acabar, não havera uma igualdade plena.

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  2. Sim ! Muito se buscou do lado feminino em conquistar um espaço dentro do mundo masculino. Mas nada foi feito para que eles buscassem um espaço no mundo feminino. Isso já é uma forma de desigualdade. Não podemos dizer que vivemos em um mundo mais igualitário, sendo que as mulheres se tornaram ainda mais diferentes dos homens.

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  3. adorei o texto e sim sou mulher uehuehueh...,.
    mas ai é que tá realmente somos diferentes, uns dos outros e é isso que nos faz aprender e desenvolver(pelo menos no MEU ponto de vista) homens e mulheres sao seres constituidos de matéria,sao seres vivos e alem de tudo humanos, as DIFERENÇAS no final somos nós mesmo que criamos, pelo menos socialmente, a mulheres de garra e força conseguiram quebrar alguns preconceitos e TABUS ou sei lá dê o nome que preferir, mais muitos ainda sao impostos por nós mesmos, como por exemplo,antes tinha-se a imagem de que o homem era o conquistador e a mulher a submissa, se realmente quizermos mudar essa situaçao PORQUE quando um homem vai um exemplo mais comum fica,pega namorar um monte de mulher ele é o garanhao, o bom, o fodao nhé e quando uma MULHER fica,pega se apaixona por um monte de gente ela é dita socialmente como PUTA,GALINHA ou sei la´mais o que, ela tambem nao poderia ser dita como conquistadora ou sei lá garanhona, ou seja nós mesmo que colocamos essa idéia de diferença nao porque queremos mais porque se nao fizermos nada a respeito pensaremos assim, porque querem que pensamos assim, nós temos que nos REEDUCAR no pensamento social e NOS MESMOS FAZERMOS A NOSSA CABEÇA, pensarmos por nós mesmos aprendermos por nós mesmo, nao para que pensem que nó somos independentes ou mais, sei lá engajados mais porque precisamos disso para evoluir e quebrar essas diferenças .

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  4. O MAIS não pode fazer parte de um contexto igualitário, para começar.
    Além do que, estamos cada vez mais nos enganando que a mulher conquistou um espaço, seja ele qual for. NÃO SÃO iguais aos homens, sabe por que ? Porque ainda se perde em salário, ainda se perde em força e uma série de coisas que o homem e somente ele pode realizar.
    AGORA, pode-se dizer (e com orgulho) que a mulher se tornou independente.
    Não precisa do homem para muitas tarefas e tambem não representa mais aquele ser fragil e dispensavel.
    Não vejo a sociedade sem as mulheres hoje, e sei que hoje mais do que nunca ela tem sido ela mesma.

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  5. Com certeza, hoje em dia, infelizmente ainda não da pra dizer que mulheres e homens são iguais, em hipótese alguma, só se for na infeliz cabeça ingênua de alguém que quer vender alguma coisa ou comprar, sei lá, como já disse faz parte da condição de ser, ser humano evoluir, mas o problema dessa evolução em questão, vão ser as bases que iremos passar para o futuro por exemplo: nos paises como Índia essa parte asiática ainda vemos costumes um tanto pelo menos pra mim nojentos, mulheres que tem que sair nas ruas vestido e tampando o corpo todo , e ainda se não saírem assim são ditas vulgares!!!
    Pelo amor de Deus nascemos pelados, não to falando pra sair nu pela rua mais, para e pensa se isso realmente faz sentido,tudo bem vem da crença de cada um mas lá eles são obrigados a pensar assim, elas principalmente, não tem voz nem pra abrir a boca eu espero que a visão que eu tenha sobre lá esteja errada que não passe de material de reportagem americana, que não queiram também que eu pense que a realidade de lá é assim pra mim não aumentar a economia asiática porque se realmente for assim eu me revolto como humano.
    Imagina?!
    Milhões de mulheres sofrendo, sem poderem ser ouvidas, tendo que sair de casa de cabeça baixa e se submeter a tudo que dizem para ser feito, que horror!
    Que mundo é esse?
    Que vida que é respeitada?
    Por outro lado também eu já li sobre mulheres de lá que lutam por mudanças que colocaram a cara a tapa por isso que realmente, sacrificaram a vida por seus direitos, eu não sei com que força mas eu acredito com o tamanho da verdade de sua vontade de viver livre. Igualdade??!
    Eu não sei nem se existe essa palavra, ou melhor, pelo menos o seu significado nos dicionários,e se é que existem por lá também, nesses paises que se dizem nação, mas eu espero que isso mude eu torço para que sim eu não sei se posso fazer sozinha isso, mas com certeza eu me disponibilizaria fazer, não com a garra que aquelas mulheres sacrificaram a suas vidas por um pouco de liberdade mas sim pela vontade de ser livre e de libertar pessoas que tem o mesmos direitos tanto HOMENS COMO MULHERES!!!!!

    Obs: erros de gramática a parte beleza!? O que importa é a idéia e eu não sei se tudo aí ta certo mas é o que eu ainda sei por isso qualquer comentário sobre erros que eu tenha dito, aceitarei porque eu espero que o objetivo do blog é desenvolver o conhecimento. Além do mais ta de parabéns!!

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