O que temos feito com a nossa existência ?

Estamos falidos quando falamos em conceitos em geral, sejam eles políticos, econômicos, familiares, de relacionamentos, etc.
E o que temos feito da nossa existência ? Só uma passagem inútil, à qual buscamos somente satisfazer às nossas vontades e anseios e que não contribuem de forma alguma para a vida de ninguém.

domingo, 10 de julho de 2011

de esperança

Hoje o dia foi esperança, o ar de felicidade , de ingenuidade.
Há tempos eu não pensava assim, e particularmente? Eu estava sentindo falta disto.
O olhar de que eu posso mudar tudo! Que as coisas podem ser diferentes se a gente quiser. Sabe essa conversa?
Bom, foi então que no meio deste sentimento aí, que eu achei perdidas as Notas de Reconstrução de um Mundo Perdido, além de ver nos videos aqui esse video :
Apertem Play enquanto lêem as 'Notas sobre o local'. Espero que eu posso fazê-los sentir o que eu senti hoje.
O coração bater calmamente, e você acreditar também. Não temer.



NOTAS SOBRE O LOCAL.
Tudo o que para nós hoje compõe uma paisagem aceitável é o fruto de violências sanguinárias e de conflitos de uma rara brutalidade.
Pode-se assim resumir o que o governo democrático quer nos fazer esquecer. Esquecer que a periferia devorou o campo, que a fábrica devorou a periferia, que a metrópole tentacular, ensurdecedora e sem descanso devorou tudo.
Constatar isso não significa lamentar. Constatar significa: apreender as possibilidades. No passado, no presente.
O território quadriculado no qual corre nosso cotidiano, entre o supermercado e os códigos digitais das portas de entrada, entre as luzes da sinalização e as passagens de pedestres, constitui-nos. Nós somos, desse modo, habitados pelo espaço pelo qual vivemos. E mais do que tudo ou quase tudo, agora ele funciona como mensagem subliminar. Nós não fazemos certas coisas em certos lugares porque isso não se faz.
(Não lembro o nome do autor xD, mas sei que foi editado por Flávia Cera, e o material completo está disponível no blog Cultura e Barbárie)


E isto eu coloquei, porque eu queria continuar o texto.
Esta coisa de sermos habitados pelo espaço no qual vivemos é absolutamente verdade, mas só nossos hábitos mudam o espaço.
Só nossas verdades, nossas construções. O que construímos para amanhã.
O que nos mandaram, sem querer ser injusta e não sendo, foi um monte de pessoas inseguras e uma estrutura mal feita.
Uma sociedade toda cheia de incertezas, que convenhamos, nós fingimos ter nos adaptado. Vivemos com "Precisa fazer isto porque é necessário", tampando a nossa maldade ou falta de consequência.
Mas eu vejo, nas pessoas que eu tenho conhecido, eu vejo a mudança.
A Marina com seu novo discurso, a Dilma fazendo o que pode ali e aqui.
Vejo na Universidade, pessoas preocupadas com o destino das coisas. Pessoas lindas cheias de vida e de amor. As flores que eu recebi na marcha da liberdade só me trouxeram mais pessoas para esta lista.
Tantas imagens dizendo: Mais amor por favor.
Pedindo cuidado.
Cuidado. É tudo o que todos nós precisamos.
Somos fragilizados pela correria dos séculos, pela velocidade do progresso, que nos atropelou. Mas agora com mais calma, mesmo em meio a todo este avanço  tecnológico , podemos respirar fundo mais vezes e refletir sobre as próximas gerações de pequenos, gerações Y, X, Z. 
Podemos olhar mais para os lados e aproveitar mais a paisagem e ver se gostamos dela. Mudar os quadros de vez em quando, e dar passos de alegria pra frente. Pra um progresso diferente.
Não econômico, não político, não ideal. Progresso humano.
Viverei cada instante que eu puder buscando as coisas que eu acho certas. E isto aí parece mesmo ingênuo e jovem, mas é para ser.
Porque é assim que eu sinto que as coisas precisam cursar o caminho. E é este o que eu escolhi.
Amor nos corações. 
Namastê.